"La Corneille Noire, é onde eu conto minha vidinha pacata de andanças, estudos, passeios e prazeres por Paris."

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A rota do vinho


No dia seguinte acordamos cedo para o café, nosso hotel tava bombando de gente, foi dificil conseguir uma mesa para nós 3.

Saimos rumo ao sul de strasbourg, a primeira parada era uma cidadezinha chamada “Neuf-Brisach” em forma de estrelinha. Essa era a idéia de visitar essa minuscula cidade murada, o formato em estrelinha. Onde mais acharia uma cidade dessas??? Demais!  Demais teria cido vê-la voando de helicoptero, como o orçamento não permitiu passeamos pela pracinha central, em forma de quadrado, bem sem gracinha, sem jardim, sem canteiro, acimentada com banquinhos ao redor da igreja, bem interior paulista. Depois fomos até uma das pontas da estrela, mais ou menos a 70 metros do centro da praça (a cidade é bem pequena mesmo) na porta Belford. É interessante porque após o muro que “estréla” (não posso dizer circunda, porque não é redonda)a cidade tem uns jardin por fora, com outros pequenos muros em formatos de estrela. A cidadela foi projetada, assim pelo estrategista militar “Vauban” que teve essa idéia para confundir possíveis ataques, e deu certo a cidade nunca foi dominada, pois as pontas formam grandes labirintos que dificultavam as estratégias de ataque inimigos. Mas como é uma cidade da alsácia, creio que também pertenceu à Alemanha.





A parada seguinte foi em “Colmar”  a cidade mais distante de Strasbourg para a rota do vinho (fica a 30 minutos ao sul). A cidade é uma graça, com casinhas de estilo germânico coloridinhas, com estrutura de madeira aparente e telhado em forma de triangulo. Adoro essas casinhas! Em Colmar também tem alguns canais, uma parte da cidade é chamada de petit venise , eu não conheço veneza, mas diria que é uma versão bem petit mesmo, mas com muito charme. 






Almoçamos por lá une tarte flambés, que é especialidade da alsácia, nada mais é que uma fininha massa de pizza com creme bechamel bem gostoso, coberta com queijo, bacon e cebola e queijo gratinado, de massa bem crocante. Para acompanhar demos para o victor experimentar uma cerveja branca, delicia! 

Demos mais umas andadas por lá e fomos ao próximo destino: Rodern! Foi díficil para nosso gps se localizar mas achamos essa cidade mini também indicada por blog que eu gosto, nem no guia tinha. Lá chegamos nós, uma rua que vai e outra que volta (de ré, praticamente) no alto de uma colina rodeada de vinhedos. O guia também indicava uma cave para irmos, mas estava meio confusa e resolvemos ir na da frente. Tocamos a campainha, eis que surge um quarentão de abrigo esportivo azul, abre a porta e pede para esperarmos ali um pouco. Ai vem uma senhora de uns 70 e muitos, com dificuldade de andar e bem gorda, e falando um francês bem dificil, meio alemão, mas foi super simpática da maneira dela conosco. Estavamos meio constrangidos porque não parecia muito normal aparecerem lá turistas, muito mais estrangeiros. No fim ela nos explicou um pouco sobre as uvas locais, e eu repassarei a vocês caros leitores.

A alsácia é conhecida principalmente pela uva pinot-noir, a mais famosa delas, cultivada também na região de champagne para essa outra nobre bebida. Apesar da pinot-noir ser uma uva roxinha, seu vinho não é tão rouge, é quase um rose. E é bem “águado” para os padrões de vinho rouge. Mas é delicioso e deve ser acompanhado de uma boa carne. Foram as instruções daquela inesquecivel senhora. Todos os vinhos produzidos nessa região são brancos, com exceção do pinot noir, que é tinto, mas quase rosé e é de colheita tardia.

Gewürztraminer:  ideal para acompanhar sobremesas, leve e fresco.
Riesling: leve, bom como aperitivo
Muscat: tem uma variedade aromática diferente e frutada, para acompanhar qualquer ocasião, segundo ela ele é bem ordinário, execelente para o dia a dia.
Pinot Gris: muito bom para servir com carne branca ou peixe
Pinot blanc: idem
Pinot noir: como já disse, ela sugere acompanhando uma boa carne.

Nós compramos uma garrafa de pinot noir e uma de Gewürztraminer que experimentamos em loco, mas já me arrependi de não ter comprado mais, mas tudo bem, se vier pra alsácia mesmo, vinho de boa qualidade não faltará.

Cidade seguinte Riquewihr. Uma linda vilinha medieval de arquitetura germanica, em uma colina rodeada de vinhedos, nossa que graça são essas vilinhas, não dá nem pra entender direito como se mantém, até hoje, tão pequenas, mas isso que é o interessante também, elas mantém detalhes de outros tempos e não se deterioraram ou cresceram desordenadamente com o tempo.





A ultima visita do dia seria um castelo medieval que fica na maior das colinas por ali, o château du haut- Koenisbourg, mas chegamos e ele já estava fechado, só pudemos apreciá-lo de fora, e ver a vista! Essa vista nos permitiu entender um pouco melhor a geografia dos vilarejos que passeávamos, pequenas colinas, cheias de campos de uvas por todo o lado, com pequenos vilarejos, muito próximos uns dos outros, cerca de 5 a 10 minutos de carro, e 15 minutos de bicicleta. Chegamos a conclusão, lá em cima, que deveriam ser pequenas fazendas que cresceram perto da casa central ou das casas dos camponeses, que trabalhavam na terra e assim estão preservadas até hoje, sendo o vinho a única produção local de quase toda a região. 

O tempo tava lindo, o céu aberto, não sabiamos mais o que era França o que era Alemanha.
De volta a Strasbourg, fomos ao cinema assistir “Pina” em 3D, mas do filme eu falo em outro post. Imperdivél, já deixo a dica.
Vimos o por do sol pelo caminho, as bicicletas em volta do rio Lill, o modernos misturado com antigo, o francês com germânico, ai como strasbourg me encanta!

*fato curioso: essa é a escaleta que fiz para não esquecer os pontos da viagem, com alterações do meu queridíssimo!, achei fofo e resolvi publicar também!
-cidade estrelinha – o victor adorou os muros do civilization
-colmar-tarte flambee – o victor é tão bom quanto uma torta flambee
-não posso esquecer de abraçar o victor com carinho
-rodern – vinhos (tipos de uva) – que vinhos o victor vai gostar?
-riquewirh-medieval alemã – pensei no victor vestido de cavaleiro medieval
-castelinho haut... o victor chorou
- preciso dizer ao victor que amo ele

Um comentário:

  1. Nossa!
    Dizer o que deste final...só que o amor é lindju!
    :-))
    Adorei a foto da Aninha saltitando nas flores, me remete a uma imagem tipo Alice no País da Maravilhas.
    :-))

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