"La Corneille Noire, é onde eu conto minha vidinha pacata de andanças, estudos, passeios e prazeres por Paris."

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Cidade de Gelo


Supreendendo todas as previsões de tempo, Paris hoje brilhou! Um céu azul lindo, um sol aconchegante, e sem vento, Parfait!
Hoje começaram as nossas conferencias na Sorbonne, estou incrita em chef d’ouvre du cinema française et Histoire d’art française. De manhã, fomos eu e Ana assistir a do cinema, não sabemos se foi porque era a primeira aula, mas foi um pouco frustrante, a idéia é boa, mas assistimos ao filme albergue espanhol, o professor deu uma explicação sobre o diretor, um pouco de sua história e importância no cinema francês, e tal. Mas quando o filme começou, achei que no minimo deveria ter legenda em francês, afinal somos estudantes, mas o pior é que o professor pausava o filme e contava o que veriamos nas próximas cenas, brochando totalmente a sessão; sem contar que ele passava umas partes pro filme acabar logo e em seguida ainda passou em 15 minutos o “bonecas russas”, destruindo a graça do filme. Semana que vem vou conversar com ele e ver se melhora...
Em compensação a aula de história da arte foi fantástica! O professor é super dedicado e nos entregou várias apostilas, uma com o programa do curso, outra com todos os museus de paris e todas as exposições que estão em cartaz no momento ( tem 12 paginas), e uma sobre os pintores que veriamos nessa aula, o interessante é que ele começou com a pintura francesa realista, e usa obras que estão em Paris e podem ser observadas de verdade, alias, ele que a melhor maneira de aprender é ir pra rua, para os museus... A-D-O-R-E-I !

 Eu, Dan e Luana.




Après, nos fomos patinar no gelo em frente ao Hôtel de Ville, que é a prefeitura de Paris, fazendo um parenteses, o prefeito de Paris é gay, e em um de seus primeiros discursos de posse disse: “Eu sou gay e essa é a primeira e última vez que vamos falar sobre isso”, e assim foi! Sem querer dar idéias pra ninguém...
Enfim patinei durante uma hora e meia, ao som de músicas puts puts, sofrendo para me equilibrar no começo, e me divertindo bastante no final, foi irado!
E ai tive a brilhante idéia, todas as férias de janeiro: Paris!!!
De volta em casa vi a fatura do meu cartão de crédito e quase enfartei, fui dormir com fome. (rs)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Genial !

Foto tirada pelo Tavinho e enviada pela Fê! Adorei!
pra matar a saudade!!!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Abre - Fecha !


O frio voltou de vez, com previsão de nevasca por ai (segundo a mensagem que recebi da Luana hoje de manhã). Estava mesmo frio e lá fui eu mais uma vez para minha aula. Consegui finalmente comprar o passe navigo do metro. Oba, vamos economizar.
Minha turma tem aumentando ultimamente. Essa semana entrou um turco, bem turco mesmo, com cara de Sayd (Lost), mas bonito, charmoso, nem sei o nome dele. E semana passada uma iraniana, bem bonita, e que não usa o véu, o que eu acho o máximo, minhas influencias da Marjane Satrapi, alias não me lembro se comentei que consegui achar aqui pra comprar “o frango com ameixa”.

Uma coisa interessante sobre a cultura da sala de aula é que os professores todas as manhãs além de chegarem com seu material nas mãos, também trazem consigo um balde de água, que utilizam para limpar a lousa com uma esponja, dessas do tipo que usamos pra lavar os pratos. Acho bizarro a prof., no meio da aula, colocar a esponja no balde e limpar a lousa. E aquelas lousas magnificas que abrem e fecham, de giz especial, que eu via lá no Lycée Pasteur?
Hoje começaram as aulas de fonética e finalmente, lá, na outra escola, temos essas lousas que abre e fecha. Demais! ( para que não conhece e nem sabe do que estou falando, veja o filme “entre os muros da escola” – link no blog 100 melhores filmes, aqui do lado esquerdo em cima, achou?) Essas lousas precisam de um giz especial para escrever nelas, os normais, não apagam depois e deixam tudo borrado. E na aula de hoje a professora de fonética fez todo mundo escrever na lousa com o giz especial! Que delicia, não suja a mão, não faz poeira, é macio! Ai ai esse franceses!!!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Sábado com cara de Domingo

Sabado com chuva e frio, muito frio, mas  um aivio de não precisar levantar da cama!!! Enrolei um montão até decidir levantar. E finalmente consegui falar com o victor no skype, ver minhas plantinhas na varanda de casa, matar a saudade! Foi bom o sinal nem caiu. Depois o Fê nos ligou, também foi bom falar com ele, contou as novidades, nós as nossas. E quando resolvi estudar, fazer minhas lições a Luana liga para nos convidar para uma feijoada na casa de uma amiga dela, Adriana, a principio não iamos porque tava chovendo, no fim resolvemos ir. Não era em Paris, então pegamos um trem de superficie na gare du nord que nos levou até lá. “La barre ormesson.” . É uma cidade bem bonitinha, perto de Paris (à 3 estações), com ruazinhas de casas, quintal. E parece que ali perto, tem uma outra cidade de casas e uma lagoa com cassinos ao redor. 
Foi a melhor coisa que fizemos, sair de casa e ir interagir. Lá estavam a Adriana e o marido Rafael ( francês, mas filho de mãe carioca que mora aqui faz anos); a Ana (brasileira Bahiana) cheia de histórias e técnicas para furar filas, muito engraçada; a Carol, outra brasileira que está aqui fazendo psicologia; a Maristella (mineirinha) que é casada com o Thomas ( francês de mãe Cambojana); nós e a Luana. 
O papo, no começo, rolou somente em português entre nós brasileiros e os preparativos da feijoada. Estava uma delicia, eu adorei e a farofa hummm, a Aninha matou a saudade do guaraná e eu tomei vinho. Mas pro fim da tarde quando algumas pessoas começaram a ir embora, O dan entrou num papo de psicologia com a Lu, e eu a ana, conversamos bastante em francês sobre política com o Rafael, eu quase não entendi o que ele falou sobre o Sarkozy, primeiro poque não sei muito de política francesa e outra porque o francês não ajudou muito, mas nós falamos, eu principalmente, sobre a Marina, a campanha, as dificuldades do PV, ele contou dos problemas do PV na França, disse que não votou na Marina pela religião dela, votou no Plinio (!), mas ai fiz meu discurso de marineira convicta e acho que convenci. A Ana me ajudou nos argumentos, depois conversamos sobre aborto, as dificuldades da legalização, ele nos contou do processo na França, como foi, que podemos estudar para levar para o Brasil, foi um papo bem bacana, apesar de descordancias e concordancias, não sofremos daquelas discussões com alterações de voz, idéias e ideais, foi bem instrutivo. E nos resolvemos bem en français.

Ti Ti Ti


O frio continuou durante todo o dia. Encontrei a Luana para almoçar, fomos no brioche doree, uma outra rede de cafés daqui. Tava tanto frio que tomei um chocolate quente e comi um sanduiche quentinho...
Buscamos a Ana e o Dan na escola e fomos para casa da Lu, conhecer o apê, que talvez possa ser nossa nova morada quando sairmos daqui em abril. Vamos torcer brasil! Porque eu gostei muito de lá, tem uma cozinha superfofis de piso quadriculado preto e branco, armários pintados de laranja e azul, outro roxo com vermelho e vitral na janela e portas, bem legal.


Ficamos lá a tarde inteira conversando, fofocando, descobrimos vários outros amigos em comum e foi bem gostoso. Tentei ligar para minha familia, porque a Lu tem um telefone Brasil – França que fala gratuito, mas lógico que não consegui falar com ninguém. Ela também tem Globo internacional, na hora nem achei tão bom, mas gente vou poder ver um intensivão de Ti ti ti !!! Porque além da Lu também assistir, ela grava!!! Vou virar sócia...

Lá pelas 21 horas, famintos resolvemos ir jantar. Fomos  numa ruazinha bem charmosa e jantamos num restô, meio mais ou menos, tipico da provance. A comida em si era bem gostosa, mas sentimos que o lugar era um pouco turistico demais, mas a refeição estava boa, de entrada tive sopa de cebola, prato principal peru com molho branco e batata sauté, e sobremesa mousse de chocolate.

la bouche rouge


Depois de mais um dia de escola, debaixo do maior frio, fui andando até o Pompidou, para descobrir como era o esquem do festival do Gondry. Para minha surpresa, era bem mais acessível do que eu imaginava, as oficinas de videos serão na galerie sud com oficinas de roteiro, direção, arte e montagem. A idéia é fazer um curta ao estilo “Rebobine, por favor” em 3 horas. Fora isso acontece o Gondry carte blanche ou seja deram carta branca para o Gondry passar os filmes que mais inspiraram sua vida. Fomos assistir ao primeiro deles chamado “Two Friends” neo-zelandes de 1986.
Um filme comum, mas que para os anos 80 deve ter sido bem diferente. Sobre duas amigas adolescentes, que seguem caminhos diferentes a partir de um determinado momento escolar. O interessante do filme é que é de trás pra frente, começa em março de 86 e acaba em outubro de 85, o que no inglês neozelandes e legendas em francês, estava meio confuso para mim, as meninas começam o filme destantes e uma meio punk rock, e terminam amicissímas numa escola católica. E eu não entendia muito bem onde o gondry tinha se inspirado no fime, fora o fashion colors anos 80, penteados e decor, não tinha mais nada, mas bem no final, rola uma piração tipo “paint- brush” em cima de umas cenas das meninas na escola, umas cameras rápidas, uma estética meio video clipe. Mas o que mais me interessou na história foi a relação adolescente entre as meninas e a familia de uma delas, essa coisa de amiga de não desgrudar da outra, mais ao mesmo tempo ser meio folgada com a amiga, trocar pelo namoradinho, ciumes besta, uma coisa meio Ana e Guga, apesar de não ter conhecido elas nessa época, imagino que era assim.

Mas o mais imperdivel da noite foi ter encontrado o Gondry, que apresentou o filme de uma forma bem legal, meio constrangido, meio timido pra falar com o público, mas ao mesmo tempo sutil e engraçadinho, me lembrou o victor em brasilia. E a Audrey Tatou, com seu namoradinho bizarro e um batom vermelho de arrasar, muito fofa, muito francesinha e sorridente bem Amelie!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Bresson

Como prometido, resolvi postar algumas das fotos que mais gosto do Bresson, para ilustrar o que comentei ontem sobre ele.

A primeira foto é uma das que mais gosto, de uma bicicleta me movimento em alguma ruela de Paris

Essa é a do famoso discurso do Rei George VI em Londres



Essas três são da coletânea de retratos de famoso, a primeira é do Matisse pintando, adoro ele segurando a pomba, a segunda é o Alberto Giacometti, pintor, atravessando a rua, nada de glamour, e a terceira é bem conhecido do Albert Camus.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

La photographie!


Após alguns dias, ele apareceu de novo, nosso querido sol! Após sair das aulas hoje, que estava super frio de manhã, o sol apareceu entre as nuvens e durou até as 18 hs, é super gostoso passear em no frio com um solzinho.
Esperei a Ana acabar as aulas na biblioteca dos estudantes internacionais, ela fica no quinto andar de um hostel universitário em frente ao jardim de luxembourg, peguei um elevador minusculo e achatado para chegar no quinto andar. A hora que entrei na biblioteca fiquei encantada, parece uma biblioteca do começo do seculo, com móveis de madeira antigos, aquelas mesas compridas com abajur em cada lugar, as cadeiras com acento de veludo verde. Algumas mesinhas redondas com poltronas, e quatro mesas incriveis em frente as janelas com uma vista linda para o parque e para a torre eiffel. Incrivel, obvio que esse quatro lugares únicos, estavam ocupados, voltarei lá outro dia para tirar fotos da bibliô e da vista! Aos diretores de arte de passagem por aqui, não havia nela um abajour verde se quer!!! Estou pra encontrar esse abajour verde na vida real e ter um tete a tete com ele.
Fui buscar a Ana as 16hs em ponto, bem francesa, e fomos passear no parque luxembourg e aproveitar a luz do fim do dia para fotografar, fotografamos bastante por lá. Foi bem gostoso, a Ana voltou a gostar de fotografia e está se animando mais para fotografar, eu tirei poucas fotos de coisinhas que gosto.


 É só fazer sol que tá todo mundo no parque de novo!

Fomos caminhando pela rue Vavin até chegar a Blvd. Montparnasse, íamos nos encontrar com a Luana para conhecer o apê dela e depois dar umas voltas. Acabamos entrando num Pomme de Pain, espécie de Frans Café local, tem em um monte de lugar,  com bons preços e coisinhas gostosas, tomei uma sopinha de legumes por 2,45 euros. Bon Marché! No final das contas a Luana, não apareceu, ficou enrolada no estágio, e nós nesse meio tempo falamos com o Victor e ele sugeriu procurarmos um espaço do Cartier-Bresson, fotográfo famoso, em Paris.
Por muita sorte, descobrimos que existe uma Fundation Henri Cartier Bresson, e ela fica em Montparnasse do lado de onde nós estavamos, e melhor, de quarta-feira das 18 ás 20hs, é gratuite! Bora prá lá!
Fomos até lá, umas cinco quadras de onde estavamos, numa rua sem saida chamada Leubouis. Uma casinha pequena, bem charmosa, vimos a exposição de David Goldblatt, com fotos em pb de uma temporada que ele ficou em Joensburg, África do Sul, o tema da mostra era sobre a diferença de vida entre negros e brancos, após o Aphartaid, fotos interessantes retratando pessoas e algumas fotos de casas e objetos sozinhos, que foram as que eu mais gostei, mas tudo meio posado, meio dubio se as coisas eram daquele jeito mesmo. E a exposição permanente, com poucas fotos do Bresson, mas acabamos vendo um livro incrivel com muitas fotos da sua carreira, ficamos com vontade de comprar, mas faremos isso mais tarde. Eu adorei a série de retratos de pessoas famosas em lugares ou fazendo coisas inusitadas, as do matisse são super fofas, uma do Man Ray com o Duchamp, que parece que eles tão escolhendo que filme vão assistir num folhetinho, a de um pintor, que esqueci o nome, atravessando a rua debaixo de uma puta chuva, e ele sem guarda-chuva todo contraido e molhado, enfim pessoas do glamour fazendo coisas sem nenhum glamour, muito bom.
Outra foto interessantissima é durante a coroação do Rei George VI, A Inglaterra inteira prestando atenção no discuros do Rei, ele simplesmente vira a camera e fotogra o público.  (vi sabe aquela foto que a gente viu na serra, com um monte de jornal no chão). O mais interessante de ter visto a foto, é você saber das dificuldades que o Rei teve para fazer esse discurso (texto do blog sobre o filme “o discurso do rei” ) e a alfição do momento. 

*postarei fotos do bresson num outro post para ilustrar a obra dele melhor!

E é engraçado, todos esses temas que se reaparecem na nossa estadia por aqui, sempre tem um novo fragmento das histórias que estamos vivendo, vendo ou estudando, e ai vem novas pecinhas para complementar. Muito bom!
Outra coisa que me ocorreu foi o tanto de gente boa que surgiu no seculo XX, tem todos esses artistas conhecidos e consagrados na pintura, fotografia, happenigs, autores renomados, e todos viveram na mesma época, o Bresson fotografou todo mundo que eu gosto, incrivel, ser artista, nessa época, em Paris deve ter sido maravilhoso, todos os movimentos, as grandes vanguardas, o buchichos, estavam todos juntos, aqui!
Será que a nossa geração vai ser importante algum dia? Ou somos mais do mesmo? É preciso passar fome em Paris pra ter um bom trabalho artistico? Claro que não, tem vários novos cineastas que estão fazendo um trabalho super diferente, autoral, novo e que tem sucesso, até quando vai durar, não sei, mas sinto que falta um elo artistico entre as diversas areas, não conheço muitas pessoas das artes plásticas ou fotografos que não sejam da area de cinema e que tenham um trabalho integrado, hoje em dias as areas são muito cada vez mais especificas, eu prefiro quando é tudo junto misturado, sei lá, viagem?

Adorei ter passado o dia estudando fotografia com minha belle-soeur, faremos mais vezes!
Amanhã: Michel Gondry.

15 jours

A aula de hoje foi bem boa também, terminamos a revisão de verbos e lemos um texto do livro, eu gostei bastante do livro, chama “Festival 2”, parece um pouco velho, por exemplo tem escrito camerascope para dizer camera filmadora, mas não importa, o interessante do livro é que os capitulos são temáticos em Paris, o que muito bom pois vamos aprendendo a gramática junto com a cultura parisiense e francesa. O primeiro texto era sobre um passeio turistico no bateau-mouche pelo Sena. Muito parecido com o walking tour que eu fiz, então vários pontos turisticos que a guide do texto falava, eu já sabia o que era, e em seguida a profa. contou um pouco sobre a história da França, é bem legal saber essas informações inuteis, pois quando vocês vierem me visitar vou contando tudinho sobre os monumentos. E é importante conhecer bastante sobre a cidade que se vive. Eu por exemplo, adorei quando fui ao Rio, uns dois anos atrás, e o Alexandre, nosso amigo (marido da Quelvis, minha amiga do Rio Branco) nos levou pra fazer um passeio no centro do Rio, em lugares clássicos e contou as histórias e causos do lugar, nos levou nos melhores botecos pra comer, estou me preparando para isso, já que não sei nada sobre sampa, serei uma ótima companhia para quem vier a Paris.

A tarde fui a galeria Lafayette comprar um parapluie, sou bem exigente na hora de comprar guarda-chuva, então queria ter bastante opções para escolher o adequado, lógico que chegando lá e vendo o mundo de guarda-chuvas escolhi o mais barato mesmo, mas me certifiquei que ele abre e fecha facilmente. Continuei o passeio por lá e resisti bravamente e não comprei uma meia calça se quer! Tinha uma parede inteira com todas as cores de meia calça que se imaginar, varios tons degrades de verde, violeta, vermelhos, bordos, um sucesso, voltarei lá outro dia com a Ana.

Cheguei em casa, comemos uma baguete com manteiga e queijo brie, nosso proprietaire Michel passou aqui para renovarmos o contrato, ficaremos aqui até dia 5 de abril. Conversamos um pouco com ele e ganhamos uma boite postale.
Depois fizemos nossa lição e conjugamos os verbos com canetinhas coloridas, é tão bom estudar sem outras preoucupações.

Rêve de Valentin

 Jour de Valentin! Na madrugada de domingo para segunda tive um sonho muito estranho. Sonhei com minha avó Antonia pela segunda vez, desde que estou aqui. Dessa vez, lembro do sonho quase inteiro, com detalhes e foi bem real, apesar de absurdo. Estavamos lá na casa dela, eu e minha mãe, visitando-a, e minha mãe estava lavando as roupas enquanto eu estava na sala com minha vó, conversando normalmente, eis que ela resolve que tá meio dodoi e quer ir dormir, pede pra eu ajeitar a cama pra ela, eu abro aquele armário vinho, que fica na sala, e abro a primeira gaveta, que é exatamente como ela é de verdade, mas quando eu abro a gaveta é enorme, e lá é a cama da minha avó, eu estendo o lençol, arrumo o travesseiro, ela deita me dá um beijo, fala algumas coisas pra minha mãe na cozinha, e a cubro com o cobertor e fecho a gaveta. Depois lembro de comentar com a minha mãe que a vó estava muito estranha querendo dormir todo dia na gaveta. Bizare! O bom, foi que matei um pouco da saudade da minha avó! Sonhos são realmente incognitos.

Acordei e o dia estava nublado e uma preguiça enorme de acordar  e sair do sonho. Fui para a escola, andei muito até chegar, não sei o que aconteceu, juro, antes para nós as distancias todas eram muito perto, hoje em dia nós achamos tudo longe. Na aula, fizemos uma revisão de verbos no presente, aprendendo os 3 tipos de grupo e suas peculiaridades, foi ótimo, porque uma vez que você já sabe um tempo verbal, quando revisa, em francês, aprende de novo os detalhes da lingua, e não esquece jamais essas particularidades. Gosto muito da minha profa. apesar dela “abusar” ser francesas em certas questões, ela é engraçada, ensina a forma correta e a mais usual de algumas palavras, como por exemplo pisser forma mais usual que uriner.
Pós aulas fiquei passeando pela Blvd Saint Michel entrei numa loja aqui, outra ali e comprei um livro para ler em francês Paris est un fête, do Hemmingway, que já li em português quando vim a Paris com minha mãe em 2008, vou reler e me apaixonar pela cidade mais uma vez.
As 17 horas encontrei a Ana e Dan, estava sem a chave e não dava para voltar pra casa, tive que esperá-los, então resolvemos ir ao cinema, ver “cisne negro”. Puta filme! Nossa fiquei arrepiada em vários momentos, fazia tempo que não via um filmão no cinema, um filme feito pra ver no cinema, depois perde um pouco da graça, engraçado isso, mas as imagens na tela grande tem uma força muito diferente que no dvd, Victor temos que ver mais filmes no cinema, é fundamental.
Escrevo mais sobre o filme depois. Mas, aproveitem que está em cartaz ai no Brasil e vão assistir, além da gostosa da Natalie Portman, o filme tem o foda do Vincent Cassel (que mora aqui em belleville e farei tudo pra cruzá-lo na rua, ai ai).
De volta em casa, estudamos juntos na nossa peitit table. Eu e a Ana, quando acabamos nossa lição, contamos uma para a outra, em francês, o que cada uma aprendeu, estamos no mesmo nivel, mas com profas. diferentes, então é bem legal porque sempre aprendemos mais quando chegamos em casa e trocamos experiências sobre os mesmos assuntos, ou mais peculiaridades sobre um verbo que uma das profas. não comentou. Tem sido ótimo esse momento de estudo em casa. Também mudamos para francês o Les Sims e jogamos um pouquinho para praticar, e é demais, várias palavras que aprendemos na aula e mas não usamos cotidianamente, estão lá, você joga e aprende. Vic, muda o seu também!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Le week-end !

Apesar de sexta-feira ter feito o dia mais incrivel de Paris, e isso me deixar bem animada para o fim de semana, choveu e fez frio durante todo o sábado, não sai de baixo dos cobertores para nada. Já no domingo, acordei tarde e o dia estava razoável, li um pouco, e resolvemos ir ao cinema, lá no MK2 quoi de seine, onde eu fui na sexta,  para atravessar o canal de barquinho. Claro que não fizemos nenhum dos dois.
Fomos até lá a pé, demoramos cerca de 15 minutos pra chegar e ainda conhecemos várias novas ruazinhas com bistros, lojinhas, bem parisienses.
A rua do canal st martin em si, estava fechada para carros, tipo o minhocão,  e várias familias e crianças estavam por ali, de patinete, patins e triciclos, brincando. Quando chegamos na frente do cinema estava uma fila quilométrica na bilheteria, e simples assim, desistimos. 
Resolvemos perambular por ali então e nos perder pelas ruas, para conhecer novos locais. Ficamos um pouco mau humorados, porque estavamos os três famintos a procura de um lugarzinho gostoso pra jantar, o problema foi que do lado esquerdo do canal é um bairro pobre de imigrantes, e estavamos perdidos por ali.
Continuamos andando mais um pouco e nos achamos, passamos por onde a rua saint-denis começa, antes da gare du nord, e encontramos ali, um mundo de neon indiano, restôs, lojas, cybers, etc. A india é aqui. Eu adorei ter encontrado ambulantes e um comércio fervilhante as 19 hs no domingo em paris, claro que só com imigrantes e claro que um lugar bem feio e pobre, ao norte de Paris, mas acho interessante encontrar o feio numa cidade tão linda, um feio meio “15 de novembro“ do centro, que eu nem acho, assim tão feio... adoro as cores, as luzes, as bacias na calçadas,  coisas plásticas por todos os lados, carrinhos pendurados, vassouras, tecidos, bem cafona, mas eu adoro.
Finalmente nos encontramos e fomos num bistro chamado “Lorraine” perto da gare du l’est. Comi uma pizza marguerita, estava morrendo de vontade desde que vi a Julia Roberts comendo pizza em Napoles no filme que assisti no avião.
Para terminar a noite minha mamis ligou, falei com ela, meu papis e meus primos que estavam todos juntos lá em Ubatuba, ê vidão... Que saudades! Adorei saber que o Glaucio me lê todos os dias no metro! Obrigada! E também falamos com o Fischão e demos parabéns para a Paula, que estava comemorando numa festinha, que parecia estar muito gostosa.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

O inferno são os outros


Hoje meu post será enorme, o dia ontem foi bem cheio de surpresas. E será divido em 3 atos.

Comecei o dia meio chorando com a Ana, estava meio deprimida, sentindo que estou sobrando, que estou sozinha, que não vale a pena viver aqui sem o Victor, sem minha familia, e que sou mimada porque não quero mais dormir na sala enquanto a Alberta ainda estiver por lá. Chorei a noite inteira, queria voltar e não contar pra ninguém, depois meu lado judaico refletiu, resolvi ficar, e tinha tomado a decisão de ir para um hotel cinco estrelas e ser servida, meu lado maria antonieta decidido. De manhã a Ana foi bem compreensiva e disse que sem problemas, dormiria na sala com o Dan enquanto “o caso” não fosse resolvido, mas nada de hotel.
Assim fui pra escola mais animadinha, o convivio na escola será bem interessante. Hoje foi o nosso primeiro dia de aula, o dan entra as 10, eu ao meio dia, a ana as 14. Então não foi muito estressante acordar e me preparar para ir, mas como é de lei, cheguei uns dois minutos atrasada e a prof. já tinha fechado a porta, ai, ai, ai, isso porque, apesar de já ter ido lá umas 5 vezes, me perdi completamente na saida do metro e não conseguia achar a escola. Minha classe tem em média 15 alunos, 1 japonesa, 1 coreana, 1 chinesa, 2 meninas do quiziquistão, 8 americanos, 1 austriaca e eu. A aula foi hilária, desde tentativas de entender “mse d lu” em francês com sotaque japones (que significa, claro, museu do louvre) até a prof. não se aguentar de rir falando “quirziquistão” em francês, eu, obvio, até agora, não sei pronunciar nem o nome do país, nem o nome das meninas. Apesar de achar que várias pessoas tem nivel bem inferior  ao meu, eu acho que até estou no mesmo nivel que curso se propõe. E vai ser bem puxado, com provas de grammaire toda quinta, e provas de compreensão oral e compreensão écrit uma semana sim outra não. E já no fim da aula, a prof. passou um ditato para avaliar nosso nivel, ela disse que era bem dificil, que quem não conseguisse, tudo bem, mas juro, pra mim foi hiper fácil, eu sou boa de compreensão oral, e também acho que escrevi tudo direitinho, na medida do possível. Vamos ver como me sai segunda-feira. Apesar de ter gostado da aula e da turma, não vi ali nenhuma possibilidade de amizade. As orientais vão se juntar, as “Quiziquis” já são amigas , os americaines vão virar um grupinho, são todos jovens universitários ricos dos estates, incluindo a austriaca que é meio cidadã americana, não entendi direiro, ela é austro-americana-russa= X.

Pós classe, eu tinha que fazer meu exame de fonética, na outra escola (onde o Dan estuda). Como hoje o dia estava lindo em Paris, esqueci de mencionar no começo, hoje foi o dia mais lindo que já vivi por aqui, resolvi caminhar até a Bvl Raspail. Liguei para a minha mãe para contar as noticias, chorei mais um pouco, pedi pra ela vir pra ca me visitar, conversamos mais e depois deu tudo certo.
Percorri novas ruazinhas e estava um sol, uma delicia, cheguei no parque luxembourg, meu lugar preferido, precisava de reanimo, e estava abarrotado de gente, como os franceses sabem viver bem ! Sexta-feira, 14 horas e o parque cheio. Avô com netos, crianças e adolescentes à toa, as cadeirinhas que ficam espalhadas pelo parque estavam todas ocupadas, fiquei por ali admirando um pouco. O lago, que não é lago é fonte, ao longo da minha estadia já vi congelado, descongelado e cheio de patos, hoje estava vazio. Em manutenção.
Caminhei por mais outras ruas nunca antes percorridas, uma só com lojinhas de roupas infantis fófis. Outra, com uma escola pública linda, mas um pouco decadente, e no muro um grafite “L’enfers, c’est les autres”, me lembrei do “tudo que é solido...”, das confusões e reflexões da Thereza, acho que estou meio Thereza esses dias, meio adolescente que vai da depressão a alegria em minutos.
Enfim, cheguei na outra escola me inscrevi no curso de fonética, que será das 15:30 as 16:30, achei ótimo, terei todo dia uma hora e meia pra ficar no parque entre a aulas :)
De lá me encontrei com a Ana, passeamos por algumas boutiques, mas não compramos nada, depois ela voltou pra casa e eu continuei caminhando, tava um dia muito lindo e sem frio. 
 Continuando meu caminho sozinha, fui para o segundo lugar que mais gosto de Paris, O Pompidou, hoje finalmente consegui entrar, fui ver qual era a programação, eles estão com uma exposição especial do Mondrian, talvez eu vá, mas o mais interessante é que descobri por acaso, que vai começar uma retrospectiva do Michel Gondry, e que ele, em pessoa, vai dar um workshop do tipo, faça seu curta com Gondry! AHHHH dia 16 estarei lá na hora que abre para fazer minha inscrição. Fiquei tão feliz, que até liguei pro Victor pra contar, e foi ótimo ouvir a voz dele. Me senti bem. Ele ficou todo preocupado por estar ligando, acho que era alguma mer**. É chato ser sempre o Pedro...

As 18:30 a Luana, amiga da Mimi, combinou de me encontrar perto do canal St. Martin para jantar e conversar, lá fui eu. Chegando lá nos encontramos e não dá 5 minutos, a Dani Saba, cruza na nossa frente. Como o mundo é pequeno. Foi aquela comoção AHHHH... muito engraçado, principalmente porque a Luana e a Dani são mega amigas aqui, foi ótimo um pequeno encontrinho, a Dani estava indo assistir “Cisne Negro”, e nós fomos jantar. Ali perto do canal tem um cineminha mega fofo, alias dois, um na frente do outro com o canal ao meio, ai se você quer ir no outro cinema, pega um barquinho e atravessa o canal, très Paris. Fomos num restaurante pas chèr. Conversei horas com a Luana, como se fossemos velhas amigas de infância, foi uma delicia, Luana e Mimi obrigada! Foi um papo tão gostos sobre tudo, familia, viagens, fotografia, paris, músicas, causos, Vincent Cassel... E ainda por cima jantei gostoso pela primeira vez, uma refeição completa, saladinha, frango com molho branco de queijo e risoto de cogumelos e brie e já que era pra aproveitar mesmo, dividimos uma sobremesa crème brulée avec framboise... hummmmm! La vie est jolie!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Elementaire...

Hoje finalmente era o primeiro dia, que em tese, iriamos acordar cedo. Não rolou. Eu até acordei pra da tchau pro meu irmão e fechar a porta pra ele, mas quando as oito da manhã ainda tá escuro, o melhor é voltar pra cama.
Só levantei as onze.
E finalmente fomos buscar os resultados na sorbonne, eu e a ana ficamos no elementaire, ficamos um pouco deprimidas, mas é sempre bom começar começando. Ganhamos um livro de leitura e exercicios, e pelo que folheei é bem diferente do que aprendi no Brasil, cheio de textos e exercicios, mas como já disse antes se a gente sentir que nosso nivel tá mais avançado é só comunicar os professores e fazer novo teste.
O bom é que minhas aulas serão na unidade que eu gostaria que fossem, no mesmo prédio dos atelies na rue l’estrapade, bem próximo da Sorbonne. E começam ao meio dia na maioria dos dias. Temos um horário bem variado, tudo depende das conferências que cada um se increver, ainda não escolhi as minhas.
Amanhã será o primeiro dia de aula, estou animada, mas um pouco ressabiada...

Também fomos ao cinema pela primeira vez, assistimos “O Discurso do Rei”. Eu gostei bastante do filme, ele conta a história do Rei George VI, (pai da atual Rainha Elisabeth), e sobre sua dificuldade em falar em público e gaguejar. Ele também se torna rei no começo do nazismo e da segunda guerra, o que também deixa a situação mais nervosa. O melhor do filme na minha opinião, é a relação que ele mantem com seu doutor, algumas cenas hilárias do Colin Firth gaguejando e o outro ator (não lembro o nome) ensinando ele a conseguir falar, impor a voz, bem ironico. Porém, como todo filme inglês sobre rei, tem cenas brilhantes e  partes tediosas, mas tem grandes chances de sair com algum oscar. Me atrapalhei um pouco no inglês gaguejado e nas legendas em francês, mas deu pra me virar bem.
A experiência francesa de ir ao cinema, foi interessantepor outros motivos também. Primeiro que compramos os tickets  do lado de fora do cinema, ai não rola um hallzinho, tipo espaço unibanco, pra você sentar, esperar a sessão começar, só se pode entrar na hora do filme, então tem umas placas no meio da calçada, num poste qualquer no meio da rua, escrito sala 1, ai começa uma fila enorme na calçada, atrapalhando todos os pedestres, atrapalhando a faixa pra quem quer atravessar a rua, uma loucura, ainda bem que não tava muito frio nem chovendo. Uma vez lá dentro, tem um balcão com docinhos, pipocas e tal, ai se forma outra fila porque a mesma senhorinha que recebe os tickets, vende as gostosuras, então você tem que esperar aquele monte de gente entrar...
 A sessão estava cheia para uma quinta-feira às cinco da tarde, claro que na maioria, casais de velhinhos fofinhos! E mesmo essa confusão, eu adorei !
Amanhã queria assistir “Cisne Negro”.

Não escrevi ontem porque não fiz absolutamente nada de novo, ficamos em casa fazendo tarefas domésticas, lendo, jogando joguinho de achar coisas e a noite fomos ver o jogo do Brasil x França, num pub, nada de fantástico. Ainda bem que não conseguimos ingressos para ir no estádio.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A Alberta

Não é que recebemos uma visita essa madrugada novamente?
Fiz a Ana e o Dan dormirem na cama comigo até meu irmão chegar de um tour boêmio as seis da manhã... claro ela não apareceu para os Danas, mas eles foram muito legais de ficarem comigo...

Mas, já sabemos o que ela é, mandei um email ao proprietario e ele me informou que deve ser um petites souris, que il y en a beaucoup. Isso é são ratinhos... ai ai ai...

Estou tensa em dividir o apê com essas criaturinhas!

Estou apaixonada!


Walking Free Tour !
Esse é um conceito muito interessante que só conheci hoje, mas parece que exite há algum tempo em várias cidades da Europa. São na maioria, guias jovens, que moram na cidade e fazem um tour bem interessante pelos pontos turisticos da cidade e cada um paga o que quiser ou puder ao fim do passeio.

Hoje fizemos um desses tours, durou quase 5 horas, e foi incrivel. Primeiro porque passamos por lugares que eu ainda não conhecia de Paris, segundo porque nosso guia, o Halley, foi muito simpático e contou curiosidades e fatos históricos da cidade. O tour começou na fonte Saint-Michel e fomos andando beirando o Sena, atravessando quase em “zig zag” por todas as pontes, e foi assim que eu descobri porque Paris é a cidade do amor.
Desde que li “Paris é uma festa” já estava apaixonada pela paixão do Hemingway pela cidade, pelo seu trabalho, pelo seu cotidiano, suas histórias e principalmente por sua relação de amor tão intensa com sua primeira esposa. Mas ainda não tinha vivenciado essas experiências fora do campo onírico e idealizado que fazia de Paris enquanto lia. E hoje descobri, estou apaixonada por Paris.

Não há nada mais gostoso do que passear pelo rio no fim da tarde, com raios de sol por entre os prédinhos iluminando as águas (ao som imaginário da julie delphy cantando qualquer coisa em francês). E as casas-barcos aportadas beirando todo o entorno do Sena, estou fascinada. Meu novo sonho é morar com o Victor daqui uns 30 anos num desses barquinhos, com jardim e hortinha, por esses rios e canais e ficar lendo e cozinhando, enquanto o Victor escreve e pinta...





E a ponte do amor? nem conhecia sua existência ainda. É lá que casais apaixonados do mundo inteiro, trancam seu amor em cadiados com seus nomes escritos e depois jogam a chave no Rio... isso tudo porque algo romantico aconteceu lá, na pont d’amour ou pont des arts que liga a academia de letras ao louvre. É aqui que a gente vai se casar!
No decorrer da caminhada também descobri vários outros pontos interessantes, adorei a pont neuf  que tem várias cabeças e foi construida após alguma festa de algum Louis ou Henrique e retrata todos os convidados. Quero voltar lá pra desenhar esses rostos bizarros.

E o ápice do caminho, foi ao final  descobrir por entre os prédios a Sacre-Coeur, ao longe, linda, majestosa, branca, e ficar lá admirando, ai quando você acha que já mereceu o suficiente da paisagem, o céu se abre e por entre as nuvens um feixo de luz cai simplesmente em cima dela, e parece uma pintura divina protegendo a cidade. Ahhhhh
Ai parei de prestar um pouco de atenção, o guia falava em inglês e tava meio foda de entender, fiquei andando e pensando na morte da bezerra, olhando pro céu, pros barcos, pras pessoas...



No fim do dia fomos para um bistro com algumas pessoas do tour, conhecemos um casal de mexicanos, ela estava morando em viena e estuda canto, ele mora nos estates, planejam conhecer o Brasil em 2014, e um casal de hungaros de Budapeste, ele não entende porque nós brasileros, estamos aqui em Paris estudando francês, ela é dançarina de patinação no gelo e está em cartaz com um Holiday on Ice na cidade. Fiquei encantada, sempre quis ser dançarina de patins no gelo! Como tem gente mais interessante que a gente no mundo!


*Fato curioso do dia, não é que nosso guia Halley é do Canada, exatamente de Alberta. Será ele a coisa estranha que vive debaixo da nossa geladeira?
 

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

7 de fevereiro!

Hoje também é o dia do aniversário da minha avó querida, que se estivesse conosco completaria 86 anos. Vovó rezei por você, sempre penso em você. Você me faz muita falta. Te amarei sempre!

E também é aniversário do Ricardo, outra pessoa muito especial para mim. Parabéns Ricardo, não conseguimos ligar pra você!

O dia em que eu não alucinei

Hoje, segunda-feira 7 de fevereiro, fizemos a jornada ao Carrefour, acordamos as 12 hs, até sair, coitado do Dan, sofre com as minhas demoras friorentas para conseguir sair de casa. Saimos as 14 hs. A Ana tava dodoizinha e ficou de molho na cama. O André, que era para estar em Milão, não conseguiu ir, voltou e foi conosco, graças a Deus, ao Carrefour.

3 baldiações de metro, estavamos numa praça, sabe-se lá onde, no 16éme. Meu irmão resolveu perguntar, e uma francesa super simpática falou que era só pegar um onibus e chegar em Port-Auteil, 3 pontos depois, claro que pegamos sentido contrário o onibus, e eu só percebi duas estações depois, ai ai André... descemos trocamos de bus, e caminhamos, passamos por Rolland Garros, e muitos tickets depois, o André viu, não se sabe como também, um carrefour, descemos.

UAU ! Que mundo! Passamos cerca de 3 horas lá dentro, vimos de tudo, eu estou fascinada pelos produtos de limpeza, e tipos de sabão em pó cheirosos, ai ai a Dona Eulália vai ganhar uns presentinhos na volta...

E os eletrodomésticos baratissímos... enlouqueci, mas não comprei nada, só comida.

O Graças a Deus, é que quem carregaria aquelas sacolas se não o André e o Dan? Juro, a volta foi foda, eu voltei carregando só um pacote de papel higenico de 12 unidades na mão, (não coube nas nossas sacolinhas sustentáveis) mas não me aguentava, para economizar não pegamos o bus e fomos direto para o metro, e o papel higienico pesando na mão, eu me arrastava pra andar.

Mais 3 baldiações de metro na volta, alguns japoneses fedidos depois, chegamos em casa as 18:30. Eu não tinha comido nada o dia todo, foi tipo desembrulhar presentes de natal, enquanto mostravamos para ana nossas futuras refeições, ai que delicia. Finalmente encontrei o iogurte bon maman que tanto procurava.

Para finalizar o dia o André nos presenteou com um jantar de torta de espinafre e queijo de cabra (pronta) e bifes ao molho poivre.

Por dentro da Madrugada, estava lá eu sozinha no meu sofá cama jogando joguinhos noturnos, quando me depararo com uma coisa asquerosa no chão branquissimo da nossa cozinha, AAAAAHHHH DAAAAAAN ... Ao mesmo tempo ouço o Dan levar o maior susto da vida dele (me perdoe dan) e a coisa levar o mesmo susto e se enfiar pra debaixo da geladeira. Lá vem o Dan, tadinho, vasculhou tudo, e nada. Mesmo sonolento o Dan me dá uma aula psicológica que eu posso ter alucinado, por estar muito tempo parada, sozinha, porque, enfim... ok vou dormir, acreditando, mas desconfiada.

Hoje durante o jantar, estamos eu e os Danas comentando da então denominada barata, a especie esquisita, e meu irmão comenta que as seis horas da manhã, quando chegou do superbowl (!) viu um ser esquisito sair de debaixo da mesa da cozinha e fugir para não se sabe onde. A descrição dele é tipo uma barata/largatixa, mas gorda, marrom e estranha e asquerosa. O nome disso, por enquanto é Alberta, Mas onde está? O que é isso?

Le Petit Nicolas

Sábado de sol, aluguei um caminhão...
Para variar a rotina levei meu irmão para fazer o caminho da escola, já mencionei que a rua saint-denis é cheias de putas velhas? Muito engraçado isso, são umas senhoras de 60 a 70 anos, mega maquiadas de lingerie e sobretudos de peles, com meia calças variadas, desde oncinha e zebrinha às clichês de arrastão...

A rua estava bem vazia, o comércio fechado, mas alguns turistas pra lá e pra cá. Passamos na Fnac do Chatelêt-Les Halles (um centro comercial com cinemas, lojas e fast-foods) para comprar um Sd para a camera do meu irmão. Encontramos o Degani, amigo do Rio Branco do André e o Olivier, amigo dele que mora aqui, mas estudou no Liceé Pasteur de São Paulo, na fonte do Pompidou e partimos para o Quartier Latin.


Meu irmão “turisteou” por ai e o Oliver nos apresentou, segundo ele, o melhor crepe de Paris. O preço era bom e a aparência também, mas tinhamos acabado de tomar um café reforçado e não rolou experimentar. Mas é perto da Sorbonne, voltarei lá. Ai fomos para o Jardim de Luxembourg, meu passeio predileto, vi as novidades da terra, as novas florzinhas, as crianças brincando, os escoteiros, os casais, os pais separados com o filho, os carrinhos de controle remoto atrás de crianças, e vice-versa. Gostaria de passar a tarde ali observando a vida cotidiana francesa.

Voltamos andando pro Marais, tomamos chocolate quente muito espesso, gostoso, mas um pouco enjoativo. Não consegui tomar tudo, mas os meninos terminaram para mim.
No fim da tarde fomos para Montmartre encontrar os Danas (é assim que os nomearei agora, influenciada pela Julia Child), passamos um fim de noite gostoso, um carinha cantando na escadaria da Sacre-Coeur, vimos a cidade toda iluminada, a torre amarela (da outra vez ela estava azul), agora sim, Paris.
Finalizamos a noite comprando creme de leite fresco para um spaguetti 4 queijos que meu irmão fez para nós, com salsichas de peru salteadas no azeite (especialidade do Dan). Comi muito, dei uma de Rotirutter e comi os restinhos, pra não jogar nada fora. Dormi igual a Ponyo

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Shabat

Um dia morno. Acordamos bem tarde, tinhamos nosso test de niveau as 14hs lá na blv Raspail, onde serão nossas aulas de phonétique. Então ficamos pela manhã no nosso apezinho gostoso curtindo a maior preguiça jogando bejeweled de baixo da coberta, comemos baguete com manteiga e queijo e saimos.
A ana ficou em casa jogando e dando uma organizada na casa, ela também tinha que esperar meu irmão chegar do Brasil, o que poderia acontecer a qualquer momento porque não sabiamos ao certo que horas seria isso.
Na Maison des étudiants o teste foi aplicado pontualmente. Não sei se fui lá muito bem, um teste meio esquisito, de multipla escolha, que eu me perguntava o que eu estava sendo testada, bem estranho, mas enfim, podemos fazê-lo toda semana.
Depois conversei muito com uma das professoras, o que eu acho que ajuda a contar pontos, conversei com ela sobre porque gostaria de aprender francês (?), sobre minha profissão, ela acha que eu tenho boas chances de trabalhar com cinema por aqui (!) – esses franceses querem muito que eu me dê bem e fique por aqui- conversei sobre meu dia de ontem e contei que fui no parque luxembourg e fiquei lendo, ai contei sobre o livro e sobre a Julia Child, que ela não conhecia. O que me deixou mais feliz é que foi uma conversa tranquila consegui conversar absolutamente normal em francês, mas ainda preciso falar plus vité.
Chez nous começamos a fazer um almoço, que demorou horas pra ficar pronto, fizemos um raviole recheado de queijo com molho ao sugo e queijo gratinado por cima,  enquanto isso já era seis da tarde e nada do meu irmão ter chegado. Acho que ele sentiu o cheiro e chegou! Onde almoçam 3, almoçam 4...
Depois ele contou sua jornada até achar nosso apê, as 6 vezes que ele passou em frente a nossa rua e não achou. Um tempo depois a laurinha chegou em casa com uma amiga francesa, a Anaïs. Elas tinham saido para entrevistar alguns africanos que moram na França para o tcc dela, a Laurinha fotografou. Foi bem gostoso por alguns momentos nosso apêsinho cheio, com visitas, vinho, parecia que moravamos aqui por muito tempo. Alias me sinto muito bem e a vontade no nosso apê, já é um lar bem aconcheante e petit.
Lá pelas oito saimos para encontrar outras amigas da Laurinha no Marais, fomos na pracinha Saint-Paul e de lá comer Falafel, na rue rosier, essa região é um pouco judaica e era sexta, Shabat (Fisch Shabat Shalom) e tinha apenas um lugar aberto, o “mais judaico”, comemos muito, um kebab de falafel delicioso com berinjela, hummmm e uma citronade especiale (limonada com muito açucar típica de israel).
Na hora de por a mesa o garçom coloca os guardanapos em formato de estrela de davi, eu fiz um coméntario típico, achando fofinho e não é que o garçon sorriu pra mim, ele é todo arabe e faz aulas de português aqui na França! :)


Estávamos em 9 pessoas, nós 5 brasileiros, 2 franceses, 1 mexicana e 1 espanhola, e nos falavamos em todas as linguas, eles todos aprendiam ou já aprenderam português na universidade...
De lá partimos para o metrô Port Royale, fomos para a casa de outros franceses que estava rolando un fête. Eu me senti bem maravilhada em ter contato com os costumes dos jovens franceses já no quarto dia por aqui, e tenho me surpreendido cada vez mais achando eles très sympa, ao contrário do dan que sempre reclama, interessante esse mesmo mundo que estamos vivendo, mas cada um o percebe de forma diferente. Sei lá me senti a vontade apesar de não conhecer ninguém, nem de interagir com ninguém desconhecido, simplesmente gostei do fato de estar lá, ouvir francês, ver pessoas vestidas parecidas comigo e tomar suco de maça com rum.
Que a França trate a gente como ela tratou a laurinha!

Dimanche



os últimos trabalhos da Ana...

Matriculados!


Bonjour!
9:50 da manhã, o dan abre a porta, abro a janela, ajeito ma corneille, ok.
Chá. Pain avec de beurre.
La Poste. Filmes enviados pra festival de Cannes, Semana da Critica, Quinzena dos Diretores=3,30 euros. Uh la la.
12:00 recebo ligação do meu pai, acho que nos falamos por 20 min. Eu ouvia bem. Ele mais ou menos.

Caminhada a pé para a Sorbonne, eu e dan fizemos o mesmo caminho de ontem, mas no percurso um cara nos ofereceu trabalho. Estranho.
Passamos pela Sheakspere and Co, como é um lugar bonitinho. Gostei que o Ignácio Loyola Brandão estava na prateleira do “mais lidos na europa”. Almoçamos uma formule, 1 panini + 1 crepe + 1 boisson = 5,50, dividimos, saiu bem em conta.
Fomos na Sorbonne resolver as pendêcias. Click! La photo ! e simples assim sai sua carteirinha de estudante, estou sorrindo meio bobinha na minha.
Ligamos pra Ana, que estava fazendo teste de nivel em outro campus e combinamos de nos encontrar no jardim do luxembourg em frente ao lago. (queria esclarecer que é uma fonte, mas chamos de lago e acho que será nosso point de encontro pós classes, pois fica no meio do caminho dos campus).
Ficamos lá durante uns quarenta minutos esperando a ana chegar, enquanto isso ficamos lendo, eu o livro da Julia Child e o dan "em busca do tempo perdido". Também tirei algumas fotos, do lago, da terra, e de umas plantas recem colocadas. O incrivel de Paris é que as coisas mudam rapidamente de um dia pro outro.

Ana chegou com a Laurinha, amiga dela que está de passagem essa semana, veio buscar o diploma da l'université, très chic! Ficamos por lá mais um pouco conversando, a ana contou do teste, inclusive o tema da redação era escrever sobre a ultima coisa que te fez rir, lógico que ela escreveu sobre mim e a estátua da liberdade do parque.

De lá fizemos uma caminhada até a ile St. Louis que é uma gracinha, super charmosa, com bistrozinhos, cafés, esquinas lindinhas, fomos lá exprimentar o melhor sorvete de Paris, bem gostoso mesmo, tomei de chocolate com praline de pinólis. Mas estavamos interessados no de caramel de beurre salé, que não tinha. Vic, também quero andar com você por aqui, você vai amar essa ilhazinha no meio do rio sena, e tomar sorvete de madarine (tangerina). Continuamos o passeio até a Bastile, onde tem um teatro de opera contemporanea, um parquinho fofelete da decada de 50 parece e um Cine Majestic, fomos num lugar bem gostoso petiscar queijo e vinho. Mas as mesas tavam reservadas e as 20hs fomos delicadamente expulsos.
Metro. Banho. Cama.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Les photos!

A estátua da liberdade o outro dia, juro que ao vivo parece do tamanho da de nova iorque.

 Vic, as plantinhas sendo replantadas no paque, quando você chegar vai estar lindo, te manterei atualizado. Lá é lugar que mas frequento por aqui.

Nós três hoje em Montmatre. Ao Fundo da Sacre-Coeur.

o tal do efeito borboleta


Hoje o dia começou com a Ana batendo na minha porta perguntando se eu tava acordada, tava, mais ou menos, mas enfim resolvi abrir a janela pra luz entrar, voltei pra cama liguei o computador, li seu email, ri, sorri, pus agua pra ferver, voltei pra cama, comecei a ouvir uns barulhos estranhos, achei que era a ana no banho, continuei, não muito estranho, olhei era a água fervendo no nosso “fervedor de água elétrico” , 5 segundos eu de volta na cama com meu cházinho.



Olho pela janela, pombas pra lá e pra cá, e eu pensando no terceiro andar não deve subir pomba, eis que surge um voando muito afoita para pousar no meu parapeito, mas nosso vilão, ou heroí, o corvo,  estava lá para nos defender, a pomba mau chegou e abriu as asas chocada, fez barulhos e foi embora.
Nosso corvo é um boneco de plástico que fica preso por uma cordinha para não voar e o Michel, nosso vizinho, colocou ele aqui para as pombas não pousarem nem cagarem por todo lado, ótima idéia Michel! Provavelmente ela é parte de algum cenário de alguma peça, de qualquer forma vou procurar por ai e levar uma pra fazer compahia para minhas plantinhas na paulista. (uma poque em francês o corvo é la corneille – fem)

Ao 12:30 finalmente conseguimos sair de casa e fomos para a Sorbonne, andamos pelas ruas da nossa região  e não achamos a estação de metro, olhamos no mapa e resolvemos ir andando, conhecendo a cidade, seus entornos e caracteristicas, foi uma caminhada incrivel, cheia de surpresas, achei um chapeu igual ao meu, que perdi em buenos aires, amanhã comprarei, vi de tudo, foi muito bom a ana e o dan descobriram que tem que me entreter se não vou parando em cada canto e me encanto com tudo, barraquinhas de frutas com tamaras no ramo, lindo, latas de biscoito art nouveau, ostras frescas no gelo, descemos a st-dennis inteira até chegar no pompideau , demos umas voltas por ali, continuamos o caminho passando pelo hotel de ville, que lindo não tinha visto quando vim da outra vez, tem um carrossel na frente fofinho e de repente aahhh! Uma pista de patinação no gelo, incrivel, muito melhor que a de nova iorque, e por 5 euros, nem preciso mais ir pra nova iorque, narisgudo. Vamos voltar lá amanhã, e depois, e depois até dia 27 de fevereiro que eles vão embora...

Na continuação do caminho atravessamos o Sena, ah que bela paisagem, tava lindo demais, atravessamos pela ilha, tava ligeiramente nublado, mas com raios de luz, um rio verde, e sem horizonte, parecia que era mar... atravessando a ponte entramos numa lojinha de perfumes l’occitane, mulheres, só pra ver...

Continuamos o trajeto sem mais interrupções, chegamos a Sorbonne,  uma hora depois da caminhada, ela está em reforma, fomos para o novo endereço, o dan estava muito aflito com a relação com os frances, achando tudo confuso, e falando como no canada era incrivel... tudo certo, depois de muita desorganização francesa, a ana conseguiu adiantar um dia nas burocracias e eu e o dan voltaremos amanhã, mas estou bem entusiasmada com o curso, todo dia 2 horas de gramatica e 2 horas de ateliê (tem de gastronomia, cinema, historia da arte, historia da europa, da frança, da politica francesas, de roteiro pra cinema, de poesia e canção, dificil escolher, no min 2, e organizar o horário) e uma semana sim, uma não de curso de fonética...

Ai enfim conseguimos ir almoçar as 15:30. Comi Croque Madame com chocolate quente num lugar muito francês chamado week-end . Mais franceses simpáticos, falando bonjour ... Depois caminhamos pelo jardim du luxembourg, o lago estava congelado e a terra sem flores, com a terra sendo tratada para a primavera! E as arvores só com galhos, bem diferente do jardim que eu conheci há 3 anos. Passamos pelo teatro de marionetes lá dentro, quero muito ver uma apresentação sempre as quartas ou domingos; garotos jogavam tenis e muitas crianças brincavam num desses brinquedos que a gente é doido pra entrar mas tem vergonha ou não tem permissão... andamos mais um pouco e vemos uma estátua da liberdade em bronze, do nosso tamanho e escrito que era uma cópia da de nova iorque, e eis que surge momento fazer xixi na calça da viagem, claro que eu pergunto indignada, mas é do mesmo tamanho da de nova iorque? A ana e o dan riem... enfim ai o dan me explica categoricamente que primeiro são feitas réplicas menores para depois fazerem estátuas grandes, e tal, eu disse que no the sims se fazia esculturas diretamente no tamanho oficial, ele disse que só o michelangelo fazia direto no marmore e ana que gosta dos meus cometários.

De lá continuamos andando pra tentar ir a Shekspare and Co, mas achamos uma Orange, Vivo daqui, e decidimos enfrentar a fila, comprar um numero e créditos, uma hora depois, cansados, pegamos o metro na estação Odeon, e pá, o trem para, fica tudo escuro, falam em francês muito rápido, crianças choram, eu, dan e ana, achamos que é um ataque terrorista, mas ok, só alguém que tentou abrir a porta em movimeto, mas poxa nosso primeiro metro e a gente achando que ia explodir, fiquei pensando se era ou não poque o victor e o zé escreveram no blog ontem... graças a deus passou, compramos uma baguete, vinho, queijo, luva de plástico pra lavar louça e jantar.
Bon Nuit.