"La Corneille Noire, é onde eu conto minha vidinha pacata de andanças, estudos, passeios e prazeres por Paris."

sábado, 5 de fevereiro de 2011

o tal do efeito borboleta


Hoje o dia começou com a Ana batendo na minha porta perguntando se eu tava acordada, tava, mais ou menos, mas enfim resolvi abrir a janela pra luz entrar, voltei pra cama liguei o computador, li seu email, ri, sorri, pus agua pra ferver, voltei pra cama, comecei a ouvir uns barulhos estranhos, achei que era a ana no banho, continuei, não muito estranho, olhei era a água fervendo no nosso “fervedor de água elétrico” , 5 segundos eu de volta na cama com meu cházinho.



Olho pela janela, pombas pra lá e pra cá, e eu pensando no terceiro andar não deve subir pomba, eis que surge um voando muito afoita para pousar no meu parapeito, mas nosso vilão, ou heroí, o corvo,  estava lá para nos defender, a pomba mau chegou e abriu as asas chocada, fez barulhos e foi embora.
Nosso corvo é um boneco de plástico que fica preso por uma cordinha para não voar e o Michel, nosso vizinho, colocou ele aqui para as pombas não pousarem nem cagarem por todo lado, ótima idéia Michel! Provavelmente ela é parte de algum cenário de alguma peça, de qualquer forma vou procurar por ai e levar uma pra fazer compahia para minhas plantinhas na paulista. (uma poque em francês o corvo é la corneille – fem)

Ao 12:30 finalmente conseguimos sair de casa e fomos para a Sorbonne, andamos pelas ruas da nossa região  e não achamos a estação de metro, olhamos no mapa e resolvemos ir andando, conhecendo a cidade, seus entornos e caracteristicas, foi uma caminhada incrivel, cheia de surpresas, achei um chapeu igual ao meu, que perdi em buenos aires, amanhã comprarei, vi de tudo, foi muito bom a ana e o dan descobriram que tem que me entreter se não vou parando em cada canto e me encanto com tudo, barraquinhas de frutas com tamaras no ramo, lindo, latas de biscoito art nouveau, ostras frescas no gelo, descemos a st-dennis inteira até chegar no pompideau , demos umas voltas por ali, continuamos o caminho passando pelo hotel de ville, que lindo não tinha visto quando vim da outra vez, tem um carrossel na frente fofinho e de repente aahhh! Uma pista de patinação no gelo, incrivel, muito melhor que a de nova iorque, e por 5 euros, nem preciso mais ir pra nova iorque, narisgudo. Vamos voltar lá amanhã, e depois, e depois até dia 27 de fevereiro que eles vão embora...

Na continuação do caminho atravessamos o Sena, ah que bela paisagem, tava lindo demais, atravessamos pela ilha, tava ligeiramente nublado, mas com raios de luz, um rio verde, e sem horizonte, parecia que era mar... atravessando a ponte entramos numa lojinha de perfumes l’occitane, mulheres, só pra ver...

Continuamos o trajeto sem mais interrupções, chegamos a Sorbonne,  uma hora depois da caminhada, ela está em reforma, fomos para o novo endereço, o dan estava muito aflito com a relação com os frances, achando tudo confuso, e falando como no canada era incrivel... tudo certo, depois de muita desorganização francesa, a ana conseguiu adiantar um dia nas burocracias e eu e o dan voltaremos amanhã, mas estou bem entusiasmada com o curso, todo dia 2 horas de gramatica e 2 horas de ateliê (tem de gastronomia, cinema, historia da arte, historia da europa, da frança, da politica francesas, de roteiro pra cinema, de poesia e canção, dificil escolher, no min 2, e organizar o horário) e uma semana sim, uma não de curso de fonética...

Ai enfim conseguimos ir almoçar as 15:30. Comi Croque Madame com chocolate quente num lugar muito francês chamado week-end . Mais franceses simpáticos, falando bonjour ... Depois caminhamos pelo jardim du luxembourg, o lago estava congelado e a terra sem flores, com a terra sendo tratada para a primavera! E as arvores só com galhos, bem diferente do jardim que eu conheci há 3 anos. Passamos pelo teatro de marionetes lá dentro, quero muito ver uma apresentação sempre as quartas ou domingos; garotos jogavam tenis e muitas crianças brincavam num desses brinquedos que a gente é doido pra entrar mas tem vergonha ou não tem permissão... andamos mais um pouco e vemos uma estátua da liberdade em bronze, do nosso tamanho e escrito que era uma cópia da de nova iorque, e eis que surge momento fazer xixi na calça da viagem, claro que eu pergunto indignada, mas é do mesmo tamanho da de nova iorque? A ana e o dan riem... enfim ai o dan me explica categoricamente que primeiro são feitas réplicas menores para depois fazerem estátuas grandes, e tal, eu disse que no the sims se fazia esculturas diretamente no tamanho oficial, ele disse que só o michelangelo fazia direto no marmore e ana que gosta dos meus cometários.

De lá continuamos andando pra tentar ir a Shekspare and Co, mas achamos uma Orange, Vivo daqui, e decidimos enfrentar a fila, comprar um numero e créditos, uma hora depois, cansados, pegamos o metro na estação Odeon, e pá, o trem para, fica tudo escuro, falam em francês muito rápido, crianças choram, eu, dan e ana, achamos que é um ataque terrorista, mas ok, só alguém que tentou abrir a porta em movimeto, mas poxa nosso primeiro metro e a gente achando que ia explodir, fiquei pensando se era ou não poque o victor e o zé escreveram no blog ontem... graças a deus passou, compramos uma baguete, vinho, queijo, luva de plástico pra lavar louça e jantar.
Bon Nuit.

3 comentários:

  1. adorei o relato...
    é como se eu me auto lesse falando da cidade a 5 anos atras...
    espero que a suas impressões de Paris so melhores...
    beijos e bom domingo

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  2. Tá vendo só, é o eterno caminhar de nossos destinos...conforme o tal cara do 100 Filmes disse.
    Eu escrevi só um pouco.
    :-)))

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