"La Corneille Noire, é onde eu conto minha vidinha pacata de andanças, estudos, passeios e prazeres por Paris."

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Champagne de bicicleta


 Passeio de bike, estava mega empolgada para o passeio do dia, andar de bicicleta pela região e nós andaríamos de tamdem, aquelas bicis de duas pessoas, até cair na decepção do victor não ter gostado da idéia.
Ok, quatro bicicletas! Lá fomos nós fazer o caminho das vinículas, saímos de Epernay sentido a Choully, escolhemos o trajeto mais fácil de 30 minutos, mas fizemos em 3 horas, mais duas paradinhas para pique-nique.
A rota em tese começava fácil, saiamos de Epernay pela rue champagene, onde ficam as grandes caves, que é tranquila, mas tem uma subidinha de matar... chegamos na estrada e eu já não aguentava mais. E os barulhos dos carros me deixavam um pouco assustada e com medo. Paramos para descansar num point no meio da estrada num campo lindo, com uma plantação bem caracteristica da região, vemos por todo canto, mas não sabemos do que é, mas ela dá uma flor linda amarela, e as vezes quando se olha no horizonte se vê campos verdes e campos amarelos, uma graça.





A ana tirou fotos no meio do campo. Continuamos o caminho e foi tranquilo, a estrada é uma parte bem rápida e plana,  e o medo passou chegando em Choully, se vê no chão desenhos de uvinhas idicando o caminho aos ciclistas, existem várias rotas diferentes, nós ficamos só pelos vinhedos de lá, campos e mais campos de uvas chardonnay, a uva que dá a elegancia à champagne. As parreiras ainda estavam bem pequenas e o campo em que estavamos era communal, pelo que entendemos era um campo de todos, uma espécie de horta comunitária de uvas.
Tudo que as subidas nos exauriam fisicamente, as descidas e a paisagem eram recompensadoras. Cheguei a pensar, já de outra maneira, que as subidas são como as criações: difíceis, longas, requerem trabalho. Enquanto a descida é a destruição: prazer imediato, acaba rápido, requer o recomeço de uma nova subida. Assim como o amor. O victor, no entanto, é tudo para mim, subirei os morros mais altos para que ele possa descê-los. E subirei outros, cada vez mais difíceis, seja por uma fração de segundo do prazer que é vivermos juntos. 
Após algumas subidas e descidas e várias uvinhas no chão, pensei que deveria fazer um guia de pequenas viagens, como essas que estamos fazendo, dando dicas e facilitando a vida das pessoas, então resolvi fotografar coisas que parecem despercebidas, mas podem ajudar na hora de decisão de passeios, como essas sinalizações especiais para tours de bicicleta que não tinhamos visto em guia nenhum.
Na ultima das pausas entre os vinhedos decidimos que na próxima pracinha que achássemos fariamos nosso pique-nique. Entramos na pequena vila de Choully e avistamos a igrejinha, pensamos, com certeza em frente deve haver uma pracinha, realmente tinha uma pracinha, mas a igrejinha era dentro do cemitério, foi engraçado nosso pique-nique ali, mas os velhinhos que passavam por nós estavam adorando, passavam dando bonjour! Et bon apetite!



Terminamos o passeio querendo dar um mergulho na piscina. Mas não foi o que aconteceu.
Voltamos pra Reims, deixamos os danas no hotel. E nós fomos para o fim das festividades do bonde. Jantamos num resto gostosinho, assistimos uma banda de jovens tocando no centrinho, e do carro vimos os fogos, que eu já nem tava mais acreditando que fosse rolar. Foi lindo!

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