Na
sexta, fiz um passeio bem agradável com a Luiza. Fomos ao Butte-chemont, um
parque próximo aqui de casa, lindo, com um laguinho circundando, uma ponte, uma
noiva fazendo book, e de repente ouço
um “camila...” gisus, penso eu, era o
Yofuk, o turco da minha sala.
Primeiro dia de férias e eu encontro o turco...
enfim, eu e luiza, demos uma volta com ele e depois abandonamos ele por ali...
Eu
já quis ser amiga dele, mas duas coisas são complicadas. Uma: ele fica colando
nas provas e eu fico triste porque a prof. Lyon faz de tudo para ajudá-lo;
dois: ele já tá aqui a 8 meses e não fala quase nada de francês por falta de
vontade... ai acho chato falar em inglês...
Queriamos
ir num bar que tem ali e chama Rosa Bonheur, mas parecia parque de diversão,
fila com grade de metal pra conseguir uma vaga. Jamais...
No
dia seguinte, foi a vez de sair pra passear com a Luana, fomos revelar as fotos
da minha máquina Lomography, que ficaram incriveis, sairam só 6 mas ficaram
incriveis... fotografei com um negativo croma e as cores ficam ASSIM, sabe?
Passaram-se
mais 3 dias eternos de tarefas cotidianas e medíocres em paris, que eu adoro,
ir na lavanderia lavar roupa, comprar livros na livraria, fazer compras no
super, estudar, fazer lições de férias, cozinhar só para mim... fiz umas
rabanadas que foram um sucesso...
Até
que enfim a quarta-feira chegou! E eu deixei pra última hora, buscar os
bilhetes de trem, da nossa viagem, então resolvi fazer isso antes de ir buscar
o victor na gare du nord, demorou um pouco mais do que o previsto e o avião do
Vic chegou um pouco antes do previsto. Resultado: eu me atrasei um pouquinho
para recebê-lo...
Nosso
primeiro encontro foi bem estranho nos primeiro minutos, eu e ele ali na gare
du nord, a gare que já é tão minha conhecida e o victor, que nunca esteve em
paris... durou pouco o estranhamento e eu já comecei a falar, tagarelei até o
fim do dia. O trajeto foi o seguinte, deixamos as malas em belleville, e de lá
andamos pelo canal st. Martin até a bastilha, o canal meio que deixa de existir
e passa a ser canalizado com uma praça imensa por cima. Na chegada a Bastillha
entramos a direita e fomos caminhar pelo Marais,
fomos na casa do victor hugo que é um museu gratuito e bem rapidinho de se ver,
e tem uma vista linda pra praça. O dia estava meio nublado, meio frio,
gostosinho para nossa caminhada que começou as 16 hs. Por ali o victor comeu um
falafel e tomou uma limonada, no mesmo lugar que nós já tinhamos ido com a
Laurinha, aquele do guardanapo em forma de estrelinha de davi. O victor amou o
marais, foi o que ele mais gostou, além do pompidou, que ele também amou e eu fiquei feliz porque lá é um dos meus
lugares preferidos de Paris.
Do
marais, caminhamos pela rue rivoli, até o hotel de ville, lá ele viu o
pompidou, e resolvemos ir até lá, a fonte estava funcionando, mas estava
estranhamente muito vazio, alias Paris toda estava vazia, tá todo mundo de férias,
viajando por ai...
Continuamos
o trajeto seguinho até a notre dame, atravessamos o sena, depois passamos na
shekespare and co. , e subimos pela blv. Saint jacques até o Pantheon, lá
entramos a direita e fomos ao jardin du luxembourg, sentamos por ali, perto das
tulipas rosas e lilás, e ficamos um pouquinho descansando, conversando e
apreciando a vista, mas não foi o que eu queria, falo tanto do parque pra ele,
e o parque hoje estava completamente inutilizado, sem crianças, triste... a
noitinha começou a chegar e resolvi terminar o tour passando pela torre e indo
a montmartre, andamos mais um pouco pela rua vavin, que é bem petica, mas me
leva até a escola de fonética, mostrei a ele a escola, pegamos o metro, queria
passar pela linha 6 pra ele ver a torre e depois pegariamos a linha 2 até a
sacrecoeur... até ai tudo lindo, vimos a torre do metro de superficie,
escutamos sanfonas e trompetes, até que de repente um mendigo bebado que estava
“dormindo” nos bancos do metro, puff, cai duro no chão do trem, La Peur!
Passamos
por uns momentos tensos achando que o fulano tinha morrido. Logo chegou gente e
começou a cutucá-lo até ele acordar e conseguirem retirá-lo de lá, mas ai já
tinha chegado a minha estação...
Eu
fiquei meio com aquela sensação de pedir desculpas ao victor, tipo dar explicações,
como se Paris já fosse a minha cidade, e falava: “não,... mas não é sempre
assim viu, isso nunca me aconteceu no metro antes, calma...”. Talvez ela já
seja a minha cidade.
Então o seu Personal Cineasta chegou!!!
ResponderExcluirAlém de ficarem assustando pessoas nos bancos de Metro o que mais voces estão fazendo?
:-))